Criada em 1911, organização política de apoio a El-Rei Dom Manuel II,com estatutos escritos pelo próprio soberano, dependente do Lugar- Tenente do Rei, que nomeava os seus dirigentes nacionais
A partir de 1932 continuou como órgão político de Sua Alteza Real oSenhor Dom Duarte Nuno, Duque de Bragança, aclamado sucessor doúltimo rei reinante.
Manteve-se durante o Estado Novo em consonância com a política do Governo (que incorporara na sua doutrina alguns princípios do pensamento monárquico maioritário), o que veio a conduzir a movimentos de contestação:
1957 – Movimento Popular Monárquico
1962 – Renovação Portuguesa
1964 – Liga Popular Monárquica
1965 – Demissão das estruturas da Comissão da Juventude da CausaMonárquica contra a integração de monárquicos indicados pela Causanas listas da União Nacional, aquando das eleições para a AssembleiaNacional,
Depois de 25 de Abril de 1974, substituídos os dirigentes da CausaMonárquica por monárquicos sem conotação com o regime caído.•Ordem Régia nº 2/8 de Sua Alteza Real Senhor Dom Duarte, Duque deBragança, que sucedera a Seu pai, falecido em 24 de Dezembro de 1976,determina que a Causa Monárquica deveria dar lugar a uma organizaçãoindependente do Chefe da Casa Real.
23 de Maio de 1974 – Criado o Partido Popular Monárquico, a partir daConvergência Monárquica, que integrava o Movimento PopularMonárquico, de Gonçalo Ribeiro Teles, a Renovação Portuguesa, deHenrique Barrilaro Ruas, uma facção da Liga Popular Monárquica, de JoãoCarlos Vaz Serra de Moura e a Juventude Monárquica Portuguesa,
8 de Novembro de 1979 – Escritura pública de constituição de umaassociação política com o nome de Causa Monárquica, com uma orientaçãopolítica diferente, visando integrar todos os monárquicos por um grupo demonárquicos, entre os quais o Eng.º Marco António Monteiro de Oliveira, oDr. António Pedro Sameiro e João Luís Mariz Sarmento Macieira,
1 de Julho de 1991 – “Mensagem aos Monárquicos Portugueses” de SuaAlteza Real o Senhor Dom Duarte apela à organização dos monárquicos emReais Associações de âmbito distrital, “espaços de pluralismo político ondecabem, podem e devem trabalhar, em conjunto, monárquicos de todas ascorrentes ideológicas e políticas, de todos os grupos culturais e políticos, emordem à definição e à execução de objectivos e estratégias comuns”.
Começaram então a ser criadas, em vários distritos, reais associações,
7 de Janeiro de 1992 – Assembleia-Geral da Causa Monárquica que analisou eventuais alterações das estruturas da associação, tendo sido lida umamensagem de Sua Alteza Real o Duque de Bragança: “Espero que elaboreise aproveis, muito em breve, o novo Estatuto da Causa Monárquica”.
As Reais Associações
30 de Julho de 1993 – Direcção da Causa Monárquica, presidida pelo Eng.ºFernando Costa Quintais, pede a convocação de uma Assembleia-Geral,
Antes do início da Ordem de Trabalhos, o Senhor Dom Duarte sugeriuque a Causa Monárquica se transformasse numa federação das Reais Associações.
Revistos e aprovados os Estatutos, que transformaram a associação em Federação da Reais Associaçõe
Convocado um Congresso para Dezembro e sido nomeado o seu sócio João Mattos e Silva, também Presidente da Mesa da Assembleia-Geral da Real Associação de Lisboa, presidente da sua ComissãoOrganizadora.
27 de Novembro 1993 em Évora, reunião em que participaram várias ReaisAssociações, que entretanto se haviam filiado na Causa Monárquica, nomeadamente as de Lisboa, Algarve, Beja, Viana do Castelo, Leiria, Évora,Portalegre, e Escalabitana para a Defesa da Coroa (Santarém).
Aprovada a proposta de Estatutos a apresentar ao Congresso, comalterações relativamente às aprovadas na Assembleia- Geral da CausaMonárquica,
Fixada a data e local do Congresso da Federação, a Ordem de Trabalhose a estratégia para integrar o maior número de Reais Associações já constituídas, algumas das quais divergiam quanto à designação daorganização e quanto a aspectos estatutários, designadamente as do Porto, Braga, Aveiro, Coimbra e Viseu.
O Presidente da Comissão Organizadora foi encarregado de, com plenospoderes, tentar resolver a situação até ao Congresso marcado para 18 d e Dezembro, em Viana do Castelo. Quando este se iniciou, as principais questões pendentes estavam resolvidas por consenso.
O I Congresso da Federação das Reais Associações – Causa Real
18 de Dezembro de 1993 -Congresso da Causa Monárquica – Federação dasReais Associações no Convento de Santo António, em Viana do Castelo.Presentes as Reais Associações do Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Évora, Leiria,Lisboa, Portalegre, Porto, Viana do Castelo, Viseu e Escalabitana para a Defesada Coroa.
Aprovadas moções de estratégia da autoria de João Mattos e Silva, emnome individual, da Real Associação de Viana do Castelo e da Real Associação do Porto.
O Congresso decidira, entretanto, criar, como nova organizaçãofederadora das Reais Associações, a Causa Real, permanecendo a Causa Monárquica como associação autónoma, tendo como objecto a formaçãopolítica dos seus associados.
18 de Dezembro de 1993: no Cartório Notarial de Ponte de Lima,realizou-se a escritura pública constitutiva da Causa Real – Federação das Reais Associações.
Aprovados os Estatutos da Causa Real, com ligeiras alterações propostaspelos congressistas.
19 de Dezembro 1993: eleitos os Órgãos Sociais da nova organização e dos da Causa Monárquica, que quase se sobrepuseram.
Quando temos pela frente o maior desafio da nossa geração, em que a falta de liderança e a descrença no futuro alastram na vida colectiva, importa parar para refletir sobre o que queremos para Portugal. E o 1º de Dezembro é um bom dia para isso. Sem ideias feitas ou preconcebidas, tendo por base […]
Num artigo intitulado “Implantação da República: de súbditos a cidadãos” (1), publicado esta segunda-feira (dia 5/10/2020), no site oficial do PS, o Dr. Ferro Rodrigues - Presidente da Assembleia da República e, portanto, 2.ª figura de Estado da República Portuguesa –, imbuído de um republicanismo primário e à boa maneira jacobina, escreve muitas inverdades. […]